Nunca vou esquecer…
de quem escolheu ser peso,
quando eu já carregava
o mundo nas costas.
De quem escolheu me ferir,
quando tudo que eu precisava
era um abraço,
ou, no mínimo, silêncio.
Eu já estava no chão…
e mesmo assim,
não pensaram duas vezes
antes de me empurrar mais fundo.
Guardei cada rosto,
cada palavra,
cada ausência disfarçada de indiferença.
Não é rancor.
É memória.
É cicatriz.
É aprendizado